Por Mendel Silva
O ano era 1986. Então com sete anos, eu assistia os jogos da Copa do Mundo realizada no México com meu pai. Vibrava com os gols de Careca pela seleção do Telê. Mas um baixinho, argentino, canhoto, me encantava. Carregava uma seleção mediana nas costas, fazia gols inimagináveis. Maradona foi o primeiro jogador que chamei de ídolo.
Lembro como se fosse hoje ele usando da malandragem que só os gênios tem para dar um tapa na bola, enganando o goleiro inglês Shilton e o árbitro, na famosa "mano de Diós". Pouco depois Maradona arranca do meio campo, escreve seu nome no gramado e faz o mais belo gol da história das copas.
Gênio, louco, sanguíneo. Maradona era a representação fiel do torcedor em campo. Já com a camisa do Napoli, fez os italianos do sul, tão discriminados pelos italianos do norte, serem respeitados. Maradona dividiu a Itália ao meio na semifinal da Copa de 90 em Nápoles.
Seu temperamento nada convencional e sempre controverso o levou a caminhos tortuosos. Atirou em jornalistas, afundou-se nas drogas. Mas Maradona é um deus da bola. Ídolo eterno. Capaz de fazer os seguidores fundarem a igreja maradoniana.
Torcedor fanático do Boca Juniores, el "Pibe D'oro" assistia os jogos do time xeneize como um autêntico hincha. Vibrava, ria, chorava. Era um show à parte.
Hoje o futebol perde seu deus mais humano de todos. Fica a lenda, ficam as imagens desse gênio da bola.
Don Diego, obrigado por tudo que fez pelo futebol. Obrigado por me fazer ser esse apaixonado pelo esporte bretão!
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